O Zero sentia-se vazio. Olhava para si mesmo e não gostava do que via: era aquela barriga enorme; era a incapacidade de sobressair; era a falta de um carácter vincado...
Achava mesmo que não valia nada. Já muitas vezes tentara ser esguio como o 1, elegante como o 4 ou belo como o 7, mas nem sequer conseguia a pequena proeza de esticar um braço ou uma perna para se assemelhar ao 6 ou ao 9.
Era realmente uma nulidade. Mas o pior de tudo nem sequer era o aspecto, pois já se tinha habituado a isso, e os outros também nunca o tinham visto de outra forma. Não. O pior não ...
Comentários
Comentar artigo