Quando soubeste que eu ia viver para lá, disseste: “É um lugar bonito: aceita com ambas as mãos”.
A paisagem é bela, sim. É o Alentejo, com as suas intermináveis planícies onduladas polvilhadas de oliveiras, azinheiras e sobreiros. É também, agora, uma terra alagada por mil braços do Guadiana, que uma barragem lá ao longe fortaleceu e fez crescer. Do alto do castelo podem ver-se grandes extensões de água. E várias ilhas, outrora pequenas elevações de uma terra árida.
O Alentejo é na verdade – escreveu Torga – o máximo e o mínimo a que podemos aspirar: o descampado dum sonho infinito, e a realidade dum solo exausto.
Sei bem o que é uma bela ...
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